
Ex-presidente Fernando Collor é preso
em Maceió (AL)
Detenção foi determinada pelo
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Prisão é
fruto das investigações da Operação Lava Jato, por envolvimento no esquema de
corrupção na BR Distribuidora
O
ex-presidente da República Fernando Collor foi
preso, na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota
enviada ao g1, a defesa do ex-presidente informou que a prisão
aconteceu às 4h. "O ex-presidente Fernando Collor de Mello
encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na
capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento",
afirmou a defesa.
Moraes
rejeitou, nessa quinta-feira (24), os recursos da defesa do
ex-presidente contra a condenação de 8 anos e 10 meses em
regime fechado, fruto das investigações da Operação Lava Jato, por envolvimento
no esquema de corrupção na BR Distribuidora.
Na decisão,
o ministro determinou o cumprimento imediato da pena, e, em pedido
enviado ao presidente da corte, Luís Roberto Barroso, solicitou que o plenário
virtual do Supremo confirme ou rejeite a decisão. A sessão está marcada para
começar às 11h de desta sexta e terminar às 23h59.
Relembre
condenação
Em 2023, o
ex-presidente foi condenado, pelo próprio STF, mas não começou a cumprir a
pena na época porque aguardava os recursos.
No processo,
o político alagoano foi considerado culpado pelo recebimento de R$ 20
milhões em propinas da UTC Engenharia em troca do direcionamento de
contratos de BR Distribuidora.
A denúncia
da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que, entre 2010 e 2014, quando
era senador, Collor usou a influência política para nomear aliados a diretorias
estratégicas da BR. O objetivo seria viabilizar o esquema de direcionamento de
contratos em troca de "comissões" supostamente pagas pela UTC.
Os contratos
direcionados envolveriam obras nos terminais de distribuição de Duque de Caxias
(RJ), Manaus (AM), Caracaraí (RR), Oriximiná (PA), Cruzeiro do Sul (AC) e Porto
Nacional (TO).
Fonte: G1
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil